Consumo de plantas variadas: inclui Brassica oleracea?

O consumo de plantas variadas é cada vez mais destacado por especialistas em nutrição como uma estratégia essencial para uma dieta equilibrada, saudável e cheia de nutrientes. Mas será que incluir diversos tipos de uma mesma família, como a Brassica oleracea — que agrupa vegetais como couve, brócolis e couve-de-bruxelas — conta como variedade no consumo semanal de plantas? Este artigo aborda essa dúvida comum, explicando o que significa variedade na alimentação e como maximizar os benefícios da sua dieta.

O que significa consumir plantas variadas?

Especialistas em nutrição recomendam o consumo de mais de 30 tipos diferentes de plantas por semana, incluindo frutas, legumes, verduras, nozes e sementes. A ideia por trás dessa recomendação é aumentar a diversidade de nutrientes e compostos bioativos que ajudam o organismo a funcionar melhor, fortalecer o sistema imunológico e prevenir doenças crônicas.

Mas a dúvida surge quando consideramos plantas da mesma espécie ou da mesma família botânica. É o caso da Brassica oleracea, uma espécie que inclui vários vegetais conhecidos, porém diferentes no sabor, textura e até perfil nutricional, como:

• Couve (cabbage)
• Brócolis
• Couves-de-bruxelas (Brussel sprouts)
• Repolho
• Couve-flor (cauliflower)

Todos esses vegetais são da mesma espécie, mas com variações morfológicas e nutricionais que podem fazer diferença no plano alimentar.

Consumo de plantas variadas e Brassica oleracea: conta como diversidade?

Para responder: sim e não. Tecnicamente, apesar de serem derivados da mesma espécie, cada variedade de Brassica oleracea possui características nutricionais diferentes, com variações em vitaminas, minerais e fitonutrientes, podendo contribuir para um consumo mais diverso. Por exemplo, o brócolis é rico em sulforafano, enquanto as couves-de-bruxelas têm maior concentração de fibras e certos antioxidantes específicos.

Por outro lado, quando o objetivo é atingir o número ideal de 30 plantas diferentes na semana, especialistas sugerem buscar variedade entre diferentes famílias botânicas para garantir um espectro mais amplo de nutrientes e compostos benéficos. Portanto, consumir várias formas de Brassica oleracea sozinha não deve ser considerada uma variedade completa.

O ideal é combinar o consumo dessas variedades com outros grupos, como plantas da família Apiaceae (cenoura, aipo), Solanaceae (tomate, berinjela), Fabaceae (feijão, ervilha) e outras.

Dicas práticas para ampliar sua variedade de plantas na alimentação

• Inclua diferentes cores: cada cor representa diferentes fitoquímicos. Misture folhas verdes, frutas vermelhas, legumes laranja, etc.
• Explore diferentes famílias: não fique restrito a uma única espécie ou família, como apenas Brassica oleracea.
• Experimente novas plantas: introduza alimentos menos comuns da sua região para diversificar ainda mais.
• Varie o preparo: consuma cru, cozido, fermentado para aproveitar diferentes benefícios.

Assim, mesmo que você adore couve, brócolis e couves-de-bruxelas, o ideal é complementá-los com outros tipos de vegetais para alcançar o objetivo do consumo recomendado de plantas variadas.

Para quem quer aprofundar o assunto e consultar a fonte original da dúvida, veja a discussão completa no Reddit.

Em resumo, o consumo de plantas variadas deve priorizar diversidade botânica mais ampla, mas incluir diferentes formas de Brassica oleracea contribui sim para o total de nutrientes consumidos e vale a pena para uma dieta completa.